Homem em cadeira de rodas e mulher a sorrir enquanto utilizam um laptop juntos numa sala de estar acolhedora.

A importância da inclusão digital em Portugal

Já parou para pensar no que significa, de facto, o termo inclusão digital? Não se trata apenas de ter um telemóvel ou de aceder à internet, mas sim de conseguir utilizar a tecnologia de forma autónoma, sem qualquer barreira pelo caminho.

Para algumas pessoas, isso pode significar algo tão simples como aprender a utilizar uma aplicação de mensagens. Para outras, pode ser a diferença entre conseguir ou não fazer uma compra online, estudar ou até aceder a um serviço essencial. A inclusão digital envolve diferentes dimensões: ensinar aqueles que não cresceram rodeados pela tecnologia, garantir que a conectividade chega a mais pessoas e tornar os websites acessíveis para pessoas com deficiência.

Ou seja, este tema vai muito além do que parece à primeira vista. E quanto mais falamos sobre ele, mais compreendemos o impacto real que a tecnologia pode (ou não) ter na vida das pessoas.

Então, que tal explorar a importância da inclusão digital, os desafios da sua implementação em Portugal e como garantir que ela vá além do discurso?

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Mulher sorridente com cabelo encaracolado, vestida com uma camisola mostarda, acena enquanto olha para um tablet, aparentemente numa videochamada. A importância da inclusão digital

Nos dias de hoje, o ambiente digital tem uma enorme importância nas nossas vidas. É através dele que estudamos, trabalhamos, fazemos compras, consumimos conteúdos, pagamos contas, criamos contactos profissionais e amizades, entre tantas outras atividades. É difícil não concordar que a internet facilita a vida de milhões de pessoas.

Mas o que fazer quando não se tem acesso a ela, seja por falta de ligação à rede, de equipamentos informáticos ou de recursos de acessibilidade? Embora Portugal tenha uma elevada taxa de cobertura de internet, há ainda muitas barreiras para a inclusão digital de idosos, pessoas com deficiência e populações em situação de vulnerabilidade socioeconómica.

Pensemos na educação. Com a crescente digitalização do ensino, cada vez mais alunos dependem de plataformas online para estudar, aceder a conteúdos, participar em videoaulas e consultar fontes na internet. Apesar dos avanços com programas como o Plano Escola Digital, a falta de competências digitais ainda é um entrave para muitos alunos e professores.

O mesmo acontece com a comunicação. Como imaginar a vida nos dias de hoje sem as ferramentas tecnológicas que encurtam distâncias? E o trabalho sem esta estrutura? O teletrabalho ganhou força nos últimos anos, mas nem todas as empresas adotaram ferramentas digitais eficientes para a comunicação e organização do trabalho, o que pode dificultar a produtividade e a inclusão de trabalhadores que necessitam de mais flexibilidade.

Para além destes exemplos, há ainda muitas outras atividades do dia a dia que dependem da tecnologia.

A verdade é que é maravilhoso usufruir da internet e dos benefícios que ela nos proporciona, mas nem todos podem contar com essa realidade. A falta de acessibilidade digital, as dificuldades económicas e a ausência de competências digitais são alguns dos principais desafios para garantir a verdadeira inclusão digital em Portugal.

Homem jovem explica algo a uma mulher mais velha enquanto aponta para um portátil num ambiente de escritório moderno.Os grandes desafios na implementação

Para que a inclusão digital ocorra, são necessários três elementos: um dispositivo para conexão, acesso à rede e acesso a um ambiente digital acessível.

Segundo pesquisa realizada em novembro de 2024 pelo INE.PT, atualmente, 88,5% da população residente em Portugal, entre os 16 e os 74 anos, utilizou a internet nos três meses anteriores à entrevista.

No entanto, o acesso ainda não é universal. Estima-se que cerca de 1,39 milhões de portugueses permanecem desconectados, representando aproximadamente 13,6% da população.

Entre os que possuem acesso, muitos enfrentam condições precárias de conexão, seja devido à baixa velocidade, falta de dispositivos adequados ou dificuldades financeiras para manter um plano de internet.

Questões como o custo dos planos de internet, disponibilidade de infraestrutura e acesso a equipamentos continuam a ser barreiras significativas. Em áreas rurais ou periféricas, por exemplo, a cobertura da internet pode ser limitada ou inexistente, dificultando a inclusão digital plena em Portugal.

O custo dos serviços e equipamentos também é um fator relevante. Para mitigar o problema, o governo português implementou a Tarifa Social de Internet, que oferece um pacote de serviços básicos de internet em banda larga a um preço acessível mensal. Este pacote destina-se a consumidores com baixos rendimentos ou necessidades sociais especiais e inclui acesso a diversas funcionalidades online.

Outro desafio tão importante quanto a conectividade é a acessibilidade digital. Afinal, mesmo entre aqueles que possuem conexão, muitos ainda enfrentam barreiras ao navegar na web.

Isso significa que uma parcela significativa da população – incluindo idosos, pessoas com deficiência e indivíduos com baixos níveis de literacia digital – pode encontrar obstáculos ao acessar conteúdos online de forma autónoma.

Ou seja, garantir a inclusão digital vai além de ampliar o acesso à internet. Trata-se de assegurar que todos possam navegar com autonomia e sem barreiras. Investir em acessibilidade e capacitação digital é essencial para um ambiente online mais inclusivo e equitativo.

Pessoa utilizando um portátil com o site da EqualWeb aberto, exibindo ferramentas de acessibilidade digital.Como promover a inclusão digital?

Diversas ações podem ser implementadas por empresas e pelo governo para mudar esta realidade em Portugal. Algumas delas incluem:

  • Promover campanhas de doação de dispositivos eletrónicos, incentivando a recolha e redistribuição de telemóveis, tablets e computadores para quem mais precisa;
  • Facilitar o acesso a dispositivos e à internet, garantindo que mais pessoas possam estar conectadas;
  • Apoiar a inclusão digital da população com menor poder económico, proporcionando oportunidades para o desenvolvimento de competências tecnológicas;
  • Tornar o ambiente online acessível para pessoas com deficiência ou limitações, garantindo que os sites cumprem as diretrizes internacionais de acessibilidade digital;
  • Apoiar iniciativas de Responsabilidade Social Empresarial (RSE) voltadas para a inclusão digital e acessibilidade;
  • Oferecer oficinas e formações para pessoas com deficiência e idosos, permitindo que adquiram conhecimentos essenciais para navegar na internet de forma autónoma;
  • Expandir a cobertura de banda larga às áreas rurais, reduzindo os custos através de pacotes de dados mais acessíveis e incentivos à infraestrutura digital;
  • Assegurar que escolas e instituições de ensino tenham acesso a uma internet de qualidade, especialmente em regiões com problemas de conectividade;
  • Capacitar estudantes e professores que não possuem conhecimento aprofundado das tecnologias digitais, garantindo que a educação acompanhe a evolução digital.

Estas são apenas algumas ideias para tornar a inclusão digital uma realidade em Portugal. E pode começar agora com a EqualWeb!

Tornamos qualquer website acessível para pessoas com necessidades específicas de navegação, incluindo pessoas com deficiência visual, motora ou intelectual, idosos, daltónicos e outros grupos que enfrentam barreiras na web.

Com a EqualWeb, o seu site pode contar com mais de 40 recursos de acessibilidade que se ajustam às necessidades individuais de cada utilizador, proporcionando uma experiência digital verdadeiramente inclusiva.

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